O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Crescente Vermelho começaram na noite de sexta-feira (24) a retirar mulheres e crianças feridas nos bombardeios do Exército sírio a Homs, cidade considerada o berço da rebelião contra o regime de Bashar Al-Assad. O resgate dos civis, inclusive de dois jornalistas franceses, foi autorizado pelo governo sírio enquanto representantes de cerca de 70 “países amigos” — entre eles o Brasil — se reuniam na Tunísia na tentativa de encontrar caminhos para impedir uma guerra civil. Na falta de um consenso para determinar prazos e condições de um cessar-fogo ou mesmo de uma trégua humanitária, a conferência limitou-se a pedir “o fim imediato da violência”.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar “alentado pela unidade internacional” expressa em Túnis e defendeu a utilização de “todos os instrumentos disponíveis para deter o massacre de inocentes”. A reunião, porém, foi abandonada pela Arábia Saudita, desapontada com a “inatividade” dos parceiros. O chanceler saudita, Saud Al-Faisal, alegou que ajuda humanitária não seria suficiente para acabar com os bombardeios e manifestou apoio a uma resolução que permita a outros países armar os opositores de Al-Assad. “Meu país não vai participar de uma ação que não vai levar à proteção rápida dos sírios”, disse.
Fonte:CB