O assassinato de dois conselheiros militares americanos no Afeganistão é "inaceitável", disse neste sábado um porta-voz do Pentágono, pedindo às autoridades de Cabul para melhorar a proteção das forças da coalizão internacional na região.
Pelo menos dois conselheiros militares americanos foram assassinados neste sábado por disparos no Ministério do Interior em Cabul, em atentado reivindicado pelos talibãs em represália pela queima do Alcorão em uma base militar americana no Afeganistão na terça-feira.
O tiroteio aconteceu no quinto dia de violentos protestos em todo o país pelo incidente, que forçou o presidente americano, Barack Obama, a apresentar suas desculpas ao povo afegão.
"É um ato inaceitável e o condenamos de forma contundente", disse em comunicado o porta-voz do ministério de Defesa dos Estados Unidos, George Little.
O porta-voz destacou que o chefe do Pentágono, Leon Panetta, respalda a decisão do chefe da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf, na sigla em inglês), general John Allen, de repatriar todo seu pessoal, e acrescentou que o ministro de Defesa afegão, general Abdul Rahim Wardak, apresentou suas desculpas a Panetta por telefone.
Panetta "valorizou esta ligação e convocou o governo afegão a tomar medidas para proteger as forças da coalizão e por fim à violência" no país, destacou Little em seu comunicado.
Wardak prometeu a implantação "de medidas mais fortes para proteger o pessoal da Isaf", segundo o porta-voz do Pentágono.
Fonte:JB