O uso de excrementos humanos como fonte de energia até agora só era ficção
Robôs já andam, dançam, falam e cantam como humanos. Mas pesquisadores britânicos acharam que podiam levar os autômatos um nível adiante e criaram Ecobots que comem, digerem a matéria orgânica e vão ao banheiro.
A denominação de robô ecológico vem do fato de que, assim como o corpo humano, o mecanismo dos autômatos criados pelo Laboratório de Robótica da Universidade de Bristol, na Inglaterra, usam a comida como "combustível" para gerar energia a suas atividades. O que não é utilizado é depois descartado, como acontece com a comida ingerida pelas pessoas.
Se a ideia de ecobots "pegar", os cientistas acreditam que os robôs podem vir a precisar de seus próprios banheiros. Ou, em outra hipóteses, transforma-se eles mesmos em banheiros. Nesse último caso, os "descartes" humanos seriam a matéria prima de produção de energia dos autômatos.
O uso de excrementos humanos como fonte de energia até agora só ficava na ficção. O DeLorean do segundo filme de De Volta para o Futuro usava esse combustível.
O primeiro protótipo dos pesquisadores tinha uma célula de energia microbiótica alimentada pela bactéria E. coli, que por sua vez era alimentada por açucar. A segunda versão tentou usar micróbios de lama para decompor alimentos podres. O problema, nos dois testes, era que os robôs não conseguiam se livrar dos resíduos gerados no processo.
A terceira versão, Ecobot-III, era capaz de buscar o próprio alimento e a água no meio ambiente, segundo o líder da pesquisa Ioannis Ieropoulos. "No final do dia, ele se livra do próprio resíduo. Ele literalmente esvazia-se em uma bandeija 'de lixo'", explica. Um vídeo exibindo o momento exato do processo pode ser acessado pelo atalho http://bit.ly/yabfRF.
Outro pesquisador de robótica o memso laboratório, John Greenman, pontua que robôs capazes de se alimnetar de matéria orgânica podem encontrar fontes de energia em qualquer lugar. "No solo, em folhas secas, ou mesmo em excrementos humanos ou de animais", enumera. Os pesquisadores afirmam que já foram contatados pela Fundação Bill e Melinda Gates, do fundador da Microsoft, e pela NASA, agência espacial americana.
Fonte:JB