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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Faça pelo bem do seu bebê


O teste do olhinho é capaz de detectar doenças oculares em recém-nascidos antes que elas se desenvolvam. Entenda a importância de pedir o exame ainda na maternidade
Da redação




Todo mundo já ouviu falar no teste do pezinho, que detecta sinais de doenças que podem causar retardo mental em crianças. Mas e no teste do olhinho, você já ouviu falar? Também conhecido como teste do reflexo vermelho, ele pode detectar doenças como retinoplastia da prematuridade (má-formação que atinge bebês prematuros e pode levar a criança à cegueira), catarata, glaucoma, infecções, traumas decorrentes do parto e até tumores.

Apesar de sua importância, somente dez Estados, entre eles Mato Grosso do Sul e Paraná, já regulamentaram o exame. “O teste do pezinho tornou-se obrigatório por lei em 1990, mas até hoje não há uma lei federal que regulamente e obrigue os hospitais a fazer o teste do olhinho em todos os recém-nascidos”, afirma o oftalmopediatra Carlos Alberto Nunes, da Unimed.

O Ministério da Saúde incluiu o procedimento na Rede Cegonha, vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas os especialistas afirmam que isso ainda não é o bastante. “É preciso treinar os médicos. Eles precisam saber como diferenciar uma retina saudável de uma doente e que a ausência do reflexo vermelho é sinal de problemas. Não pode ser especialidade só do oftalmologista”, defende Nunes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há cerca de 40 milhões de cegos no mundo, e outras 136 milhões de pessoas que sofrem de alguma deficiência visual. A estimativa é de que cerca de 80% desses casos poderiam ter sido evitados com o teste do olhinho.

O procedimento requer um oftalmoscópio, uma lanterna especial que produz o reflexo vermelho em olhos saudáveis, porém, o Ministério da Saúde afirma que uma lanterna comum já é capaz de detectar opacidade nos olhos. “Com esse exame, é possível recorrer a colírios ou outros métodos que vão evitar que a criança fique cega na grande maioria dos casos”, aponta o médico.

Fonte:  folhaunivesal.com.br